quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Cavalete 2 - parte 02

Dando seqüência a fabricação do segundo cavalete. Neste segundo dia de trabalho limpei e lixei as peças cortadas.
Depois fiz uma espiga de uma das travas. Desta vez foi bem mais fácil faze-la. Usando a serrote para marcar o limite do desbaste depois foi fácil desbastar com o formão. Com a plaina consegui deixar o encaixe da espiga bem mais plano que no primeiro cavalete. Depois lendo algumas revista de barcos de madeira descobri que há uma outra plaina com lâmina que se estende em toda a largura para aplainar as laterais do encaixe que batem na outra peça que recebe a espiga. Acho que essa madeira é bem mais fácil de trabalhar.

Tempo gasto: 03:00h

                        Espiga 01




Esse tipo de trabalho está servindo de treino para fazer os rebaixos necessários para dos encaixes das pranchas que compõem o casco do barco.
Pesquisei e descobri que o assunto é bem importante. Em inglês o termo é rabbet esse tipo de rebaixo. Para isso se usa uma "rabbet plane" para fazer o rebaixo. A lateral do rebaixo é feita com a shoulder plane que faz o rebaixo do "shoulder" do "rabbet".
Outro rebaixo importante na fabricação de barcos é um rebaixo com altura variável que se faz nas pontas das pranchas em seu encontro na proa do barco.
Em minha pesquisa cheguei a conclusão que a plaina mais adequada para a construção do barco, além da plaina normal, seria uma rabbet plane que se chama bullnose plane.
Aqui no Brasil, até agora, não encontrei nenhum lugar que venda esse tipo de plaina. É bem possível que tenha que importa-la.

                                              Shoulder plane - veritas  - canadense




    Bullnose plane - Stanley



     Tradicional em madeira




    Rabbet plane Stanley 92






segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

CAVALETE 02 - PARTE 01

O cavalete 02 será igual ao 01 já apresentado aqui. Resolvi mostrar as etapas semanais com cada passo da construção.
O primeiro passo deste projeto foi encontrar a madeira adequada e corta-la nas dimensões para cada peça. Decidi usar madeira que já estivesse no estoque que temos.
Obviamente não encontrei madeira nas dimensões exatas de largura e espessura do projeto. Segui as dimensões no cavalete 01. 3/4"de espessura e 3"1/4 de largura.
Desisti dos pallets porque a madeira deles estava atacada por cupins. Acabei encontrando com a ajuda do meu pai um portão velho de peroba, excelente madeira que se encontra em perfeito estado.

Definitivamente é uma boa sensação dar segunda vida a um material como a madeira.

Encontrado o portão o próximo passo foi desmonta-lo, escolher as tábuas melhores limpa-las e corta-las no tamanho certo.

Tempo gasto: 02:00h.


Ficam algumas fotos:

Pedaço do portão de madeira.

























Peças selecionadas, limpas e cortadas. As maiores serão a pernas, as intermediárias serão pés e base de suporte e as menores as travas do cavalete.

Até a próxima,


EB

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

CAVALETE 01

Fazer o primeiro cavalete foi um grande aprendizado. A primeira coisa a fazer foi escolher a madeira. Para este primeiro utilizei um antigo pallet de pino. Desmontei ele escolhi as melhores tábuas. A seqüência de trabalho ocorreu da seguinte maneira:

  1. Escolha da madeira, desmontagem e corte das peças nas dimensões necessárias;
  2. Limpeza das peças;
  3. Corte das espigas de encaixe das travas;
  4. Corte do formato dos pés e encaixe da perna;
  5. Corte das pernas e encaixe;
  6. Furos e ajuste dos encaixes das espigas nas pernas;
  7. Montagem e colagem.
A experiência valeu a pena porque aprendi a usar o serrote japonês, formão, grosa, plaina e lixa. Embora durante a fabricação das peças a precisão que eu consegui deixou muito a desejar, meu temor de que as peças não encaixassem ou que resultassem em um cavalete torto não se concretizou.
Ao monta-lo, para meu alívio, ficou tudo bem encaixado e reto. Espero que no próximo cavalete consiga uma maior precisão nos encaixes.

Tempo gasto de trabalho: 20:00h

Espero no próximo gastar 15:00h. Postarei no cavalete 02 as etapas.

Seguem as fotos.

 Pallet




                       Cavalete pronto.



                       Cavalete de frente.



                       Cavalete. Aprovado pelo ajudante, o Gato.

domingo, 8 de janeiro de 2012

EQUIPAMENTOS

Depois de resolvida minha estratégia para a construção do barco, a próxima etapa foi definir o equipamento necessário para realizar a construção.
Cheguei a seguinte lista:

  1. Local;
  2. Tempo;
  3. Ferramentas;
  4. conhecimento de marcenaria.
Assim os resolvi:

  1. Local: A casa da minha Vó possui um enorme terreno com espaços abrigados para a construção e bancadas de marceneiro. Terei que fazer alguns preparativos como limpar o local,  instalar iluminação adequada e conseguir um piso nivelado;
  2. Tempo: separei as tardes dos sábados para me ocupar na construção do barco. Não é muito tempo por semana, assim que será um projeto longo;
  3. Ferramentas: Depois de verificar lista necessária de ferramentas que vêm no manual, listei as que já tinha, as que não e comprei algumas básicas e conforme  demanda na execução do projeto eu as comprarei;
  4. Nunca fiz nada em marcenaria no sentido de construir um objeto de madeira. Assim sendo achei no site da CLC desenhos para construção de cavaletes. Vi como uma oportunidade de construir algo em madeira antes do barco, e aprender a utilizar as ferramentas e trabalhar a madeira melhor.

Desta maneira minha primeira etapa de trabalho se tornou construir dois cavaletes, necessários à construção do barco.


Aqui estão os desenhos do cavalete.


Link para baixar os desenhos: Projeto Cavalete.

Na próxima postagem falarei do primeiro cavalete.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

O Método

Continuando a história deste barco, uma vez que eu escolhi o projeto precisei definir a maneira de construir. Minha primeira opção foi  de importar um kit do barco e montá-lo aqui. Após pesquisar os preços, cheguei a conclusão de que o custo não vale a pena. Então ficou a opção de comprar o projeto e fazê-lo inteiro. No entanto dessas maneira perderia a facilidade das peças cortadas em alta precisão através da máquina CNC. Obviamente a CLC não vende desenhos digitais e somente as cópias impressas.
Cheguei a seguinte conclusão:

  1. Obter os desenhos do projeto;
  2. Passar os desenhos para o CAD;
  3. Imprimir em escala e montar uma maquete em papel;
  4. Comprar a madeira;
  5. Mandar cortar em uma marcenaria que tenha máquinas CNC;
  6. Construir o barco.
Metodologia de construção definida.

O Projeto.

Aliás como arquiteto sempre desenhando projetos foi a primeira vez que comprei um projeto!

O custo foi de U$95.00 mais envio chegando a uns U$ 110.00 mais ou menos.